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TIPOS DE PODAS

20/08/2012 | Por: Engenheiro Agrônomo Paulo Roberto Grolli, Doutor em Ciência da produção Vegetal pela universidade de Pisa/Itália. Professor das disciplinas de Horticultura Geral, Produção de Plantas Ornamentais e Parques e Jardins na Faculdade de Agronomia da UFPEL. | Fonte:

As podas podem ter vários objetivos na manutenção da beleza, sanidade e aspecto geral de nosso jardim. Os tipos de poda que podemos realizar em um jardim são: - Poda de formação - é a poda realizada no primeiro ano de crescimento, visando conduzir a planta a tomar determinada forma (ex.: arredondada, retangular, arvoreta, globosa, etc) ou visando simplesmente aumentar o número de ramificações laterais obtendo um arbusto de crescimento livre, mas mais compacto. Quando as mudas são adquiridas de bons viveiristas e com um tamanho adequado para colocação no jardim (em torno de 1,0m de altura) estas já apresentam a conformação inicial adequada ao tipo de estrutura que buscamos e esta poda será desnecessária. - Poda de rejuvenescimento – consiste na remoção de galhos velhos e fracos de um arbusto para incentivar o desenvolvimento de novos ramos mais vigorosos. É uma intervenção realizada, por exemplo, em rosas, que tendem a desenvolver ao longo dos anos ramos mais fracos ou de forma desordenada. - Poda de limpeza - este é o tipo de poda que deve ser adequadamente realizado no outono e no inverno. Consiste na remoção de galhos danificados pelo frio ou vento, as partes afetadas por doenças ou insetos e da folhagem seca ou danificada. - Poda de contenção - muitas vezes, em nos nossos jardins alguns arbustos de um tamanho maior começam a invadir caminhos ou formar espaços muito fechados. Para resolver o problema temos que remover parte dos ramos mantendo este arbusto dentro dos limites desejados. Este tipo de poda, se bem realizada, irá induzir a formação de galhos e brotos novos, mesmo na parte inferior das plantas o que pode ajudar a manter ou dar uma forma definida às mesmas. Muitos jardins passam por uma manutenção de poda somente uma vez por ano, no final do inverno. Infelizmente, esta prática não deve ser generalizada a todas as plantas do jardim. Muitas plantas florescem no final da primavera ou mesmo verão, e, têm semanas ou até meses para se recuperar a partir da poda. Outras, no entanto, têm uma floração muito precoce, muitas vezes ocorrendo durante o período de final de inverno/início da primavera e, portanto, já estão com os botões de florais formados no inverno. Neste caso, uma poda indiscriminada remove a maioria das flores, mesmo antes de floração. Por esta razão, é aconselhável podar plantas de floração precoce após a floração, de modo a permitir que todos os botões possam florescer no período certo do ano. O mesmo raciocínio pode ser feito para poda de outono. É melhor não podar no outono as plantas que produzem frutos do tipo baga como os cotoneasteres e piracantas, pois os frutos serão os elementos coloridos do nosso jardim no inverno. Devemos nos lembrar sempre de que para podermos desfrutar dos benefícios das podas, sem danificar as plantas, é muito importante usar as ferramentas certas: tesouras e serrotes de poda de boa qualidade, praticando cortes precisos, limpos e livres de rebarbas, favorecendo, deste modo, a cicatrização do corte. O corte deve ser feito perto de um broto ou uma folha, evitando danos às gemas abaixo. Deve-se também evitar deixar tocos disformes. Para prevenir doenças ou parasitas, depois de podar cada arbusto deve-se, cuidadosamente, limpar as lâminas das tesouras e serrotes, por exemplo, com o uso de álcool 70%. Seguindo estes conselhos obteremos plantas de boa aparência, sadias e que deixarão o jardim mais bonito durante o ano todo.



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